quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A NECESSIDADE DA TEOLOGIA

É importante observar que a Teologia não resulta de interesses especulativos. A Teologia surgiu das necessidades práticas da igreja primitiva, ao procurar colocar suas crenças de forma apropriada ao ensino para instrução dos novos cristãos, refutando heresias, e para persuasão de outros. (Harold H. Ditmanson)

sábado, 9 de agosto de 2014

A REFUTAÇÃO DO RELATIVISMO

A presença real de Cristo na vida moral liberta a moralidade não só do legalismo, mas também do relativismo. Os dois são erros opostos: o legalismo sacrifica as pessoas pelos princípios, enquanto o relativismo sacrifica os princípios pelas pessoas. Contudo, Cristo é mais absoluto que qualquer princípio, e é Cristo, é esse absoluto pessoal, não o legalismo impessoal, que refuta o relativismo moral.

Relativismo moral é a ortodoxia do "politicamente correto" da nossa cultura mofada. Na cabeça dos modeladores de mente, nada é pior que a "intolerância", e o absolutismo moral é intolerante. Daí a popularidade de dizer coisas como "Não imponha seus valores a mim"; "Diferentes ritmos para diferentes povos"; e "Viva e deixa viver".

Na história mundial, nenhuma cultura que abraçou o relativismo moral sobreviveu. Portanto, nossa cultura ou (1) será a primeira a fazer isso e a refutar a lição mais clara da história, ou (2) persiste nesse relativismo e morre, ou (3) arrepende-se de seu relativismo e vive. não há outra opção.

O homem mais extraordinário do pior século da história chamou nossa cultura de "cultura da morte". É uma cultura que cada vez mais é indulgente com os "matadores misericordiosos" como o "Doutor" Kevorkian, porque a própria cultura está no processo de se "kevorkianizar". Nossa cultura tolera o aborto porque está abortando a si mesma. Por essa razão, ela precisa de uma terapia muito mais profunda que de bons argumentos filosóficos refutando o relativismo. Esse é apenas um raio X da situação, e nós precisamos da cura para ela.

o raio X fornece apenas a observação dos sintomas, os efeitos da doença; precisamos do diagnóstico da doença que está causando os sintomas antes de prescrever a cura. E o diagnóstico mais profundo da principal causa da doença da nossa cultura, em uma palavra, é a descrença em Cristo. Pior, é a Cristofobia.

A resposta mais firme ao relativismo moral não é o argumento perfeito, mas a pessoa perfeita: Cristo. Pois ele é evidência concreta, dado real, presença real. Encontre-o, e o relativismo, no mesmo instante, murcha, como o vampiro, na luz do sol. Os argumentos mais irrefutáveis sempre são fatos, dados, realidade concreta. Por exemplo, o argumento mais eficaz contra o aborto é simplesmente assistir a um aborto. Por isso, a operação mais comum nos Estados Unidos é a única nunca vista em nenhuma emissora de televisão ou tela de cinema. As duas coisas que mais convencem as pessoas são os fatos e as pessoas. Cristo é ambos.

(Peter Kreeft, Jesus, O maior filósofo que já existiu, Thomas Nelson, páginas 120 e 121)  

sábado, 19 de julho de 2014

Revista Convite à Teologia em fase de produção


Após meses de doença e de perdas pessoais, decidi reformular o blog e iniciar um selo editorial. Nos próximos dias comunicarei o primeiro lançamento. Comentários e sugestões serão muito apreciados.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Leituras recomendadas

O ano de 2013 está acabando e gostaria de compartilhar minhas leituras, na esperança que proporcionem a mesma satisfação e edificação que me proporcionaram. Caso desejem, me indiquem os livros que leram no presente ano, pois sempre há algo interessante para conhecer.

A mortificação do pecado (John Owen, Vida); Teologia da Educação Cristã (Antônio Vieira de Carvalho, Hagnos); Agostinho de A a Z (Franklin Ferreira, Vida); Imortalidade (Russel Shedd, Vida Nova); Como lidar com a dúvida (Alister McGrath, Ultimato); O que as palavras da cruz significam para nós (Warren Wiersbe, CPAD); A cruz e o ministério cristão (D. A. Carson, Fiel); Igreja emergente (D. A. Carson, Vida Nova); Teísmo aberto (Bruce Ware, Vida Nova); A arte expositiva de João Calvino (Steven Lawson, Fiel); A fé em tempos incertos (Charles Colson, Vida); E se Jesus não tivesse nascido? (James Kennedy, Vida); O ateísmo cristão (Augustus Nicodemus, Mundo Cristão); Quebrando o Código Da Vinci (Darrel Bock, Novo Século); Cristianismo e política (Robinson Cavalcanti, Ultimato); A Igreja, o País e o Mundo (Robinson Cavalcanti, Ultimato); Cinco votos para obter poder espiritual (A. W. Tozer, Editora dos Clássicos); Como provar os espíritos (A. W. Tozer, Editora dos Clássicos); O pastor como mestre, O mestre como pastor (John Piper e D. A. Carson, Fiel); Sócrates e Jesus, o debate (Peter Kreeft, Vida); Pentecostal de coração e mente (Rick Nanez, Vida); O fim do mundo (A. J. Conyers, Mundo Cristão); O fator Melquisedeque (Don Richardson, Vida Nova); Fé e descrença (Ruth Tucker, Mundo Cristão); Crítica textual do Novo Testamento (Wilson Paroshi, Vida Nova); Antropologia do Antigo Testamento (Hans Wolff, Hagnos); Unidade e diversidade no Novo Testamento (Darrell Bock, Vida); A Bíblia que Jesus lia (Phillip Yancey, Mundo Cristão); Jornada no império (William Forsyth, Fiel); Geografia bíblica (Claudionor de Andrade, CPAD); Nos bastidores de Nárnia (Devin Brown, Hagnos); Pedagogia cristã na obra de C. S. Lewis (Gabrielle Greggersen, Vida); Os pioneiros presbiterianos do Brasil (Alderi Matos, Cultura Cristã); 777 curiosidades sobre a Bíblia (J. Stephen Lang, Vida); Contra a corrente (John Driver, United Press); Libertação e sexualidade (Robinson Cavalcanti, Eclésia); Economia no mundo bíblico (Vários autores, Sinodal); Brincando de Deus (Tony Waltkins, United Press); Ensaios sobre a história da Igreja (Justo Gonzalez, Hagnos); Deus joga dados? (John Houghton, Hagnos); Correntes cruzadas (Colin Russell, Hagnos); Bebês devem ser batizados? (T. E. Watson, Fiel); Ansiedades de um padre (H. J. Hegger, Fiel); O Israel de Deus (O. Palmer Robertson, Vida); À sombra do Templo (Oskar Skarsaunne, Vida); Atitudes para ser feliz (Robert Schuller, United Press); Igreja: lugar de soluções (Israel Alves Ferreira, CPAD); Os brados da cruz (Erwin Lutzer, Vida); Andando nos passos de Jesus (Fiel); Teologia da Educação cristã (Lawrence Richards, Teologia da Educação Cristã); Destino final (Daniel Brown, Mundo Cristão); A Bíblia e o Senhor dos Anéis (Mark Eddy Smith, Mundo Cristão); Em defesa de Cristo (Lee Strobel, Vida); Lei e graça em Paulo (Peter Stulmacher, Vida Nova); Cristo na festa de Pentecostes (Vida); A oração e o preparo de líderes cristãos (Russell Shedd, Shedd); A escatologia e a influência do futuro no dia-a-dia do cristão (Russell Shedd, Shedd) e Ao encontro de Deus (Jim Eliff, Fiel).

sábado, 14 de dezembro de 2013

TEOLOGIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

          Antônio Vieira de Carvalho, no seu livro Teologia da Educação Cristã (HAGNOS, 2006), observou que certos educadores cristãos possuem uma posição completamente equivocada quanto ao uso da Teologia, muito embora usem (quer saibam, quer não) de princípios, argumentação e vocabulário próprio da Teologia,  resultando numa postura claramente contraditória:

          "Há educadores cristãos que quando são chamados a dar maior atenção à teologia em seus estudos,   como em seu ensino, dizem: ´Deixo a teologia para os eruditos e teólogos. Não quero ocupar-me de teologia em meu ensino´. Contudo, esta afirmação é totalmente equivocada. Em primeiro lugar, cada crente tem uma teologia. Qualquer pessoa que faz algo ou pensa qualquer coisa acerca de Deus e Jesus Cristo faz teologia. Pode ser que sua teologia não seja sistemática. Pode ser que não seja capaz de estabelecê-la de forma clara. mas se tal indivíduo crê em algo sobre Deus, tem uma teologia. Todo cristão deveria preocupar-se se sua teologia está conforme o ensino bíblico. A segunda coisa que deve dizer-se é que cada educador cristão ensina teologia, embora possa declarar ao contrário. Cada vez que fala de Deus, de Jesus Cristo, da Bíblia, do amor e da fé, está ensinando teologia. Por isso, todo educador cristão deve preocupar-se que suas afirmações estejam baseadas numa cabal interpretação da revelação bíblica". (p. 28)

          O mesmo autor destaca também que a principal falha dos educadores cristãos no desempenho de suas atribuições didáticas está no emprego inadequado e incorreto das Escrituras Sagradas. Ou seja, está faltando aos educadores cristãos o conhecimento sobre a formação do cânon bíblico, o estudo sobre a origem de cada livro da Bíblia, a boa e correta interpretação dos fatos religiosos, históricos, sociais, econômicos e políticos que deram origem aos textos das Escrituras, além da ausência de uma melhor contextualização das mensagens centrais da Bíblia.

          Por fim, Antônio Vieira de Carvalho lamenta que, além da desinformação e do despreparo, os educadores  cristãos falham por não buscar a inspiração do Espírito Santo, através da oração constante, o que dificulta sobremaneira sua missão docente.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O APÓSTOLO PEDRO DÁ UMA AULA DE PREGAÇÃO

O semão de Pedro, registrado em Atos 2, foi o primeiro sermão cristão proferido até aquele dia. Em vários pontos-chave é um sermão modelo, um padrão para todos os sermões evangelísticos subsequentes. O simples fato de falar em pé, em vez de seguir o costume tradicional de sentar-se para ensinar, tornou-se uma prática para os oradores cristãos até nossos dias.

Note-se o conteúdo do sermão. Primeiro, Pedro começou falando da situação atual. Referiu-se aos recentes acontecimentos em Jerusalém e interpretou o significado dos sinais que acompanharam a penetração do Espírito Santo nos corações. Em outras palavras, a mensagem era contextualmente apropriada. Segundo, o sermão estava enraizado na Escritura. Pedro citou os escritos inspirados de Joel e Davi na proclamação do Evangelho. Era como se Pedro tivesse um jornal em sua mão esquerda e a Escritura em sua mão direita. Ele proclamou a verdade da Escritura no momento presente. Terceiro, anunciou Jesus Cristo crucificado e levantado para ser Senhor e Messias.

Resumindo, podemos dizer que a mensagem de Pedro era contextual, bíblica e centrada em Cristo. Ou, dizendo de outra forma, a mensagem de Pedro era adequada ao momento, firmada na Escritura e centrada em Cristo.

O resultado da proclamação de Pedro foi a persuasão. Quando Jesus Cristo era anunciado, o Espírito Santo persuadia o povo. À medida que o Espírito convencia o povo, Pedro o convidava a se arrepender. Na realidade, ele o instava com muitas palavras a fazê-lo. Toda pregação cristã precisa ser orientada no sentido de convidar as pessoas a tomar a decisão. Tal decisão implica abandonar a vida egocêntrica e seguir Jesus Cristo. A pregação cristã chama as pessoas ao arrependimento, à conversão.

quinta-feira, 21 de março de 2013

ETERNA VIGILÂNCIA

Em Lucas 4.13, lemos: "Passadas que foram as tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento oportuno". As palavras em português "até momento oportuno" poderiam ser entendidas por alguém, que às vezes o crente fica livre das tentações de Satanás, e que assim pode relaxar em sua vigilância. As palavras gregas, entretanto, não permitem que tenhamos tal pensamento. O pensamento do texto original é que Satanás afastou-se de nosso Senhor até uma ocasião mais propícia ou favorável, quando nosso Senhor estivesse em estado mais suscetível à tentação, quando então Satanás poderia operar com mais eficácia. O termo "apartou-se" vem de um vocábulo grego que literalmente siginifca "afastar-se um pouco". Assim sendo, Satanás nunca deixa o crente sozinho. Se Satanás cessar em sua atividade, será somente para afastar-se um pouco, para aguardar por ocasião em que o crente seja mais suscetível à tentação. Por conseguinte, o preço da vitória sobre Satanás é a eterna vigilância, "para que Satanás não alcance vantagem sobre nós pois não lhe ignoramos os desígnios" (II Coríntios 2.11).

(Extraído de um estudo de K. S. Wuest)